chuck-norris-approved

O carro dos meus pais é um gol antigão bem ruinzinho, que direto dá uns piripaques. Minha mãe fala que ele é o possante dela, e morre de achar ruim quando falamos mal do carro (sério). De fato ele é bem possante mesmo, consegue andar bem mais rápido do que o novo ford ka do meu amigo, e mais rápido que o ford focus de um casal que pego carona de vez em quando. Disso não posso reclamar!

E fora isso, o carro é todo personalizado. Amassadinho na frente, do dia que meu irmão bateu o carro no do dono do restaurante que a gente ia todo domingo. Amassadinho do lado esquerdo, do dia que mamãe estava andando na marginal e veio uma roda quicando (juro) com uma velocidade monstra. Aí mamãe desviou pra não bater na frente, e bateu do lado. Amassadinho do outro lado de algum esbarrão que deram no carro. Amassadinho atrás, de duas vezes que bateram na traseira do carro. Amassadinho na porta direita, no dia que bateram no carro por uma topeirisse de uma mulher. O carro já esteve numa enxente também! A correnteza levou vários carros, mas o nosso ficou lá. Nem a correnteza quis! Subiu água até o capô, e ele ainda saiu funcionando depois. Uma vez também na metade do caminho de BH-Uberlândia fundiu o motor, e ele veio com motor FUndido até Uberlândia. Chuck Norris?

Desses todos, eu só estava no último acidente (que bateram na porta do passageiro: eu). Acontece que domingo teve outro episódio, que eu pensei que iam se concretizar as brincadeiras que faziamos em casa, de que um dia andaríamos no carro que nem os Flinstones.

flintstone-car

Eu e meu irmão Pedro estávamos na avenida Rondon Pacheco, a principal da cidade. A rua é enorme, e é o principal lugar da cidade que alaga quando tem chuvas. (foi nela que o carro esteve numa enxente anos atrás). Estava chovendo bastante no domingo, mas não a ponto de inundar tudo. E aí o que acontece? Pedro pisa fundo no acelerador e… ele quebra! Gente, o pedal quebrou. QUE-BROU. Pedro teve uma rapidez enorme de pensamento e saiu por uma entradinha pra marginal, instantaneamente. Aí aproveitou um último impulso do carro e colocou ele bem pro canto. Depois ele empurrou e estacionei ele.

No momento, passavam vários carros de guincho, nunca vi tantos. E todos ocupados! Vi vários carros estragados na Rondon, então não me senti tão mal assim.

Aí meu pai chegou rapidinho onde estávamos, com 4 pedrinhas na mão e disse “arrumo rapidinho, vamos embora”. Gente, meu pai fez o carro funcionar com 4 pedrinhas no carburador (edit: papai falou errado, não era carburador, era acelerador). As vezes eu fico me perguntando quem é mais Chuck Norris, meu pai ou o carro!

ps! créditos ao meu irmão também, que foi embora dirigindo o carro acelerado, controlando só embreagem e freio até chegar na nossa casa (mesmo falando que a perna tremia mais do que o dia do exame de rua).
Acabei de deixar o Firefox aberto com umas 20 abas abertas pra poder vir escrever isso. Acontece que há dias, semanas, meses, minha “meta do dia” é “zerar as abas do firefox”. Ontem eu consegui, olhei todos os sites que queria, li todos os posts em blogs que eu havia deixado aberto, etc. Acontece que o loop é e sempre vai ser um infinito. Já abro o firefox e tem as abas das redes sociais: facebook, orkut (old school haha), last fm, email no hotmal, gmail, twitter! Olho tudo e fecho rapidinho. Aí vou responder comentários ou ler os blogs dos feeds (que também nunca consigo zerar.. tem 436 agora) e me distraio. De um blog já pulo pro ouro, vejo um link interessante que já me leva pra outro lugar, abro os links do blog da fulaninha, clico em links que o pessoal posta no facebook, links que indicam no twitter e... pronto, já estou com trocentas abas abertas novamente.

A impressão que eu tenho é que existe alguma maldição com essas abas, que insistem em se multiplicar sem que eu faça nenhum esforço. Se não tiver maldição, deve ter algum duende ou fantasminha-das-abas-abertas que moram dentro do meu computador, com um alojamento especial no Mozilla Firefox Room 403, que fica lá dentro se procriando.

Já viu que formigas sempre aparecem em todos os lugares e sempre se multiplicam? Acho que o fantasma-das-abas-abertas deve ter essa genética de prociração das formigas, porque olha.. tem que ver isso aí.

Queria saber se é só comigo ou se tem mais gente aí que é vitima desse fantasma.
Por ter terminado o ensino médio com dezesseis anos, eu sempre fui da turminha dos mais velhos. Eles saíam pras baladas (ainda mato quem inventou essa gíria tosca) e eu nunca podia ir, porque não tinha idade nem cara de pau pra entrar com identidade falsa nas boites da vida. Sabe quando você começa a querer mais uma coisa, só porque você não pode ter? Eu queria porque queria “sair pra dançar” e vivia xingando muito no twitter porque eu não podia.

Na faculdade de comunicação, conheci os moderninhos de camisa xadrezm e óculos de aro preto. Eu me identificava com algumas coisas e certos gostos, aí virei friend. Aí eles começavam a me chamar pras baladinhas alternativas nas boites-do-povo-diferentão e eu começava a imaginar o tanto que seria legal ir numa festa que tocava aquela música agitadinha de alguma banda legal.. e como seria massa sair pra dançar em um lugar que o auge da festa não seria quando tocasse papanamericano e aquela música da sanfoninha que gruda que nem chiclete na sua cabeça.

Magali DançarinaAté cheguei a ir duas vezes numa festa matinê que tem/tinha aqui, que menores de 18 anos poderiam entrar. Aí me deu aquele sentimento de quando você quer muito uma coisa e consegue, perde a graça. E quando fui na minha primeira festa de verdade, senti que não era meu lugar. Eu não sei dançar, nem aquela dancinha do pra-lá-e-pra-cá, nem imitando ninguem, nem inventando minha própria dança, nem dançando algo bizarro “só pra zuar”.

Acho que lugar escuro, abafado, com luzinhas psicodélicas e aquela pisca-pisca que me deixa tonta, barulho muito alto, gente relando em mim e eu na missão obrigatória de dançar alguma coisa, me deixa completamente em pânico! E não sei se quero aprender a dançar. Talvez eu decore essa coreografia de california dreaming e me vista de magali pelas ruas do centro, mas nem precisa me chamar pra baladinhas (nem as alternativas dos bonitos de xadrez e óculos de aro preto)
Desde que eu estava no ensino fundamental/médio eu via meus irmãos e amigos passando na universidade federal e, não sei porque cargas dágua fiz disso um sonho. Claro que estudar numa federal tem lá seus privilégios. Eu que cursei um ano numa faculdade particular, percebi que só de não ter que pagar 600 mangos por mês, já é um grande avanço. Achava também que a delícia de ver seu nome na lista de aprovados, seria um experiência sensacionalmente particular e que todo mundo deveria passar por isso um dia.

Prestei jornalismo, não passei. Prestei enfermagem, não passei. Desisti! Desisti de um dos meus sonhos que era passar numa universidade federal. Comecei outra faculdade e super desencanei. Aí, com quase um ano de curso, percebi que ali não era meu lugar. Não era aquilo que eu queria pra mim e tava bem longe do que eu tinha sonhado.

Pois bem, larguei a faculdade de design gráfico e me joguei no cursinho. Eu amava a faculdade {o ambiente e o curso}, mas por entender que 1) aquela faculdade não era meu lugar e 2) o curso não era algo que eu queria para minha profissão, e sim hobby, resolvi mesmo que tinha que ir buscar algo pra outras bandas. Fiz um cursinho de exatas (muito chato, por sinal) até o ENEM, que foi a primeira fase do vestibular. Depois resolvi estudar em casa mesmo!

E eis que ontem saiu o resultado e, sim, passei! Tava morrendo de medo de não passar, confesso. Já tomei pau da UFU três vezes e bem sei que a tristeza de não ser aprovado é mó grande. Achei realmente muito bom ter passado.. claro, né? Achei engraçado também porque tive dois professores no ensino médio que nunca acreditaram em mim. E deixavam a opinião deles bem clara quanto a isso..
Bem, então aqui vai um recado pra eles:
FUCK YEA{ by anna }