Tudo é válido

Quando eu era bem pequena me adiantaram na escola, o que me fez terminar o ensino médio com 16 anos. Aqui na minha cidade eu prestei vestibular desde o primeiro colegial (vestibular seriado – PAIES), vestibular seriado. Ou seja, comecei a ser pressionada com essa torturinha vestibular desde os 13 anos de idade. Eu acho que ainda gosto desse sistema de vestibular seriado mas confesso que concordo com a minha mãe com ela achar que começamos a ser pressionados desde muito cedo.

Quando terminei o terceiro ano, não passei no PAIES. Prestei jornalismo na federal, pra primeira turma, tinha acabado de abrir o curso. (hoje em dia agradeço por não ter passado). Aí fiz 6 meses de cursinho e no meio do ano prestei enfermagem. Confesso que ainda não entendo muito porque prestei, acho que foi uma escapatória pra não prestar medicina (é/era meu sonho). Enfim, curso concorrido demais e esforço de menos, não passei.

Depois dessa não-aprovação em enfermagem eu vi minha vida mudando completamente de rumo em questão de dias! Eu era a Isabela de 17 anos que fazia cursinho e só, e semanas depois eu já trabalhava num studio fotográfico e cursava design gráfico na faculdade.

Fiz um ano de curso e larguei semana passada. Por inúmeros motivos, percebi que tinha mais razões pra não continuar do que ficar. Acho que semana que vem já começo o cursinho de exatas e no fim do ano vou prestar design de interiores na federal aqui. Design de interiores (decoração) era o curso que eu tinha em mente até mais ou menos metade do meu terceiro colegial. Isso me faz sempre vir o pensamento de “eu devia ter prestado isso no PAIES” porque tenho quase certeza que eu teria passado, porque na época foi mais fácil entrar pra design do que pra jornalismo. Só que esses dias conversando com a Natalia eu percebi o quanto eu SÓ ganhei nesse tempo que eu poderia pensar que “perdi”. Não tem como nem contar quantas pessoas eu conheci nesse tempo, quantos eventos eu já fui que me propiciaram de tudo. Até ser “modelo” em um anúncio (sou a da bocona aberta aí) eu já fui, e a pessoa que me convidou eu conheci através de contatos que eu fiz na faculdade. Já ganhei vários clientes e jobs também. Sem falar no tanto de amigos que eu fiz, e quantas pessoas preciosas eu conheci.

Esses dias um amigo meu passou pra psicologia na federal, e no trote dele eu fiquei um tempo conversando com os donos da escola onde ele fez cursinho. E ele me disse uma coisa muito sensata. Talvez se eu tivesse entrado na faculdade com 16 anos, assim que terminei o ensino médio, seria muito diferente e talvez nem aproveitar direito eu iria. Eu cresci nesse tempo, por mais que nem seja tanto tempo assim hoje eu me vejo muito mais madura até mesmo pra ter disciplina pra estudar pro vestibular!

Esse assunto tem me feito pensar que nenhum tempo é perdido. Cada dia é vivido com a intensidade que a gente mesmo coloca nele. E sei lá, acho que a última coisa que eu posso pensar sobre nesse exato momento eu não ser uma universitária, é que eu perdi meu tempo nesses meses.

10 comentários:

  1. Ei Isa! Realmente as coisas tem um tempo certo pra acontecer na nossa vida, e por mais que as vezes pensemos que perdemos tempo, ganhamos algo com isso! Beijoss!

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  2. Eu também terminei com 16 anos e quando não passei nos anos seguintes no vestibular eu só pensava "quanto tempo perdido, já podia estar chegando a metade do curso"... Depois de um tempo a gente percebe que esse atraso na verdade foi algo muito bom. No meu caso, eu mudei de estado, troquei o curso inicial, conheci gente nova... Se eu tivesse passado desde a primeira tentativa, não teria sido tão bom como é agora. xD
    :*

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  3. Por isso eu digo que tudo acontece por algum motivo. E tudo tem o lado bom né? O seu foi ter conhecido tantas pessoas e coisas novas. Isso sempre é ótimo.
    Beijo.

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  4. É mais ou menos o que sinto quando penso que se tivesse prestado vestibular logo depois da escola, já estaria no penúltimo ano da faculdade, e não no 2o ano. Mas ter feito intercâmbio, tirado um tempo pra mim, foi a melhor coisa que eu poderia ter feito :-)

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  5. é, sei bem oq é isso, entrei pra facul com 17 anos, me sentia obrigada a passar no q quer q fosse por causa do meu pai sabe, queria provar pra ele q eu podia, escolhi o curso errado e naquela pressa de não perder nenhum ano, acabei perdendo 4, de bobeira, claro, foram 4 anos de aprendizado e em 6 meses pelo menos terei um diploma, mas não queria fazer algo apenas por um diploma, mas de vdd ainda tenho dúvidas sobre oq quero da minha vida, e tneho medo, o tmepo passa mais rápido do q a gente imagina, vou terminar uma universidade nem ao menos saber oq quero de vdd, espero encontrar meu rumo nesse meio tempo, espero de vdd encontrar algo que eu goste de vdd e q seja viavel o/

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  6. Eii Isa!
    Olhaa, se vc disser que vem eu arrumo um convite!
    Bjoss

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  7. Quando era criança...há um bom tempo...chegaram a me adiantar em dois anos na escola. Depois acabei voltando tudo, pq gostava da professora e escola pública é tenso né!
    Cursei arquivologia na federal aqui. O curso é a coisa mais legal de se fazer no mundo...com a menor visibilidade profissional de todas!hauhau

    Agora, tô esperando para estudar artes. Quero trabalhar com patrimônio cultural!
    vida cheia de escolhas e coisas legais para fazer...huahuahua

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  8. eu concordo com vc de que no final das contas, o tempo não é perdido.

    e design de interiores, que legal! mto boa sorte e vê se estuda bastante!


    bjuxx flor!

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  9. ai, eu acho que ficar dessa agonia de saber exatamente o que prestar deve ser tenso, graças que escolhi meu curso com 8 anos de idade!
    é isso ai, se largar é que acha que deveria ter feito, fez certo! e boa sorte na nova etapa da vida!

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  10. Então, darling, a vida sempre se estrutura de umas maneirs que, num primeiro momento a gente pensa que não são tão boas, ou tão desejáveis, mas aí depois que o tempo passa a gente olha pra trás e pensa como todo aquele tempo teoricamente perdido foi importante demais.
    Beijos

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